COPEIRO: Em dois anos Renato Gaúcho levou o Grêmio ao ápice

Fazia tempo que o tricolor gaúcho não conquistava algo tão importante no cenário do futebol nacional ou internacional. O clube passou exatamente 15 anos sem conquistar um título sequer, virou até motivo de piada para o maior rival, tanto que o atacante colorado Eduardo Sasha comemorou o título do Inter dançando "valsa".  Viu seu maior rival, Internacional, crescer nos últimos anos e ganhar títulos que o Grêmio já possuía como a Libertadores e o Mundial. O Inter, inclusive, chegou a ser hexacampeão estadual durante este período.

Mas em 2005 o time que vivia sua pior fase começou a ressurgir naquela batalha dos aflitos. De lá em diante o time se tornou o " Imortal" e virou um time "Copeiro".

Em 2015 o time anunciou Roger Machado como treinador, surpreendendo a todos. O DNA do técnico foi o diferencial, ele esteve a frente do clube em 93 partidas tendo um aproveitamento de 59%. Mas a falta de títulos e a queda de desempenho no Brasileirão daquele ano foram determinantes para o fim do namoro entre clube e treinador.

Então Renato Gaúcho, foi anunciado. Logo ele que estava há exatos quatro meses "parado", sem comandar equipe alguma. Com certa desconfiança por parte da imprensa. Pois bem, o ídolo tricolor foi logo promovendo uma mudança de ânimo no grupo. Passo a passo foi levando a equipe adiante na Copa do Brasil, batendo os mineiros Cruzeiro e Atlético na semifinal e final, respectivamente. Uma campanha memorável para a conquista do Pentacampeonato.

Portanto 2017 começou a mil, afinal a equipe disputaria a tão cobiçada Libertadores e seu maior rival disputava a Série B. Por isso o time foi abrindo mão de alguns campeonatos. Viu a surpresa no Gaúchão quando foi superado pelo Novo Hamburgo. Abriu mão e viu o Corinthians disparar pelo título da Série A. A Libertadores era mesmo uma obsessão.


Então chegou o Dia D, a Hora H. Time na final, decidindo fora de casa. Afinal, fora de casa o desempenho clube foi melhor durante toda a temporada. Renato Gaúcho já havia sido campeão da Libertadores com o Grêmio, mas como jogador, faltava o título como técnico, pois ele veio com a vitória na Argentina diante da equipe do Lanús por 2 a 1, com gols do criticado Fernandinho e do mágico camisa 7 Luan. Renato se tornou o primeiro brasileiro a conquistar a Libertadores como atleta e treinador. Um fato que renderia até uma estátua segundo o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan.

O detalhe curioso é que o time do Grêmio teve alguns nomes que foram "descartados" de alguns clubes, criticados pela imprensa e que muitos achavam que não renderiam mais, como os casos de: Léo Moura, Fernandinho, Jael, Cícero, Cristian, Edílson e Bruno Cortez. Mas a gana dos jogadores foi maior e a conquista serviu para mostrar o espírito aguerrido e que a história por trás de cada um deles deve ser respeitada.


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